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sábado, 22 de novembro de 2014

Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.
Cecília Meireles

Soneto do Amor Total

Vinicius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude

20 de novembro- Dia da consciência negra

“A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares. Lá do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro.
Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.
Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”

quinta-feira, 17 de julho de 2014

India Antiga

A Índia é uma vasta península situada ao Sul da Ásia, entre o Oceano Índico e a Cordilheira do Himalaia. Caracteriza-se pela diversidade e complexidade das condições naturais: vegetação exuberante, rios caudalosos, pântanos, desertos e vales férteis. Seu clima é quente. As tormentas são freqüentes. Entre os seus rios destacam-se o Bramaputra, o Indo e o Ganges.
O Indo e o Ganges são de grande importância econômica, berço das mais antigas civilizações da Índia, descem do Himalaia. O Indo e seus afluentes irrigam o fértil Vale do Pendjab, a Noroeste. O ganges forma, ao Norte, um vale maior e mais fértil, banha a cidade santa de Benares e deságua no Golfo de Bengala. Os hindus o consideram sagrado por excelência e nele se banham para purificar-se.
O povo - não se pode , com precisão, afirmar quais os primeiros habitantes da Índia . No Pendjab foram encontradas ruínas de poderosa civilização urbana que remonta a 4 000 anos antes de Cristo, com casas construídas de tijolos queimados, com galerias de passagem, escadarias decoradas com ouro e prata, banheiros e esgotos.
Os árias, falando língua indo-européia, brancos, altos, chegaram à Índia entre 2000 e 1500 a.C. Adoravam os Deus Indra, Varuna e Agni. Sua escrita era o sânscrito. Eram grandes guerreiros e pastores. As lutas travadas entre suas tribos são descritas nos poemas épicos "Mahabharata" e Ramayana" . Os sacerdotes árias criaram o sistema de castas. Diziam-se "nascidos duas vezes" querendo com isso dizer que eram nobres de alta estirpe, superiores * - aos drávidas, nascidos uma vez só.

Nota consulteme: Esta inform. e comentada em alguns livros, porém, dizemos que nascer duas vezes estava relacionada aos defeitos eliminados, portanto, homens espiritualizados. Os demais adjetivos foram colocados pelo autor - <pesquisa consulteme>

HISTÓRIA POLÍTICA

A História da Índia Antiga, que trata principalmente das lutas travadas pelos invasores ária com objetivo de apodera-se do pais, divide-se em quatro períodos:

Período védico. Refere-se à vida dos árias para o Pendjab, descrita nos "Vedas", livro sagrado que contêm hinos, rituais, fórmulas magicas, poesias mundanas, e poemas filosóficos. Seu tema central é o valor do sacrifício que salva os homens; Período épico - narra a passagem dos ; árias para a região do Ganges, descrito no Mahabharata; Período Bramanico - Trata de Decan e do estabelecimento do sistema . Período Búdico - refere-se ao aparecimento do Budismo.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

O governo - A Índia não era um país unificado. Compreendia grande número de pequenos estados independentes governados por monarcas denominados Rajás, pertencentes à classe privilegiada dos brâmanes. Em época de guerra, reuniam-se em torno de um marajá.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL

As castas - A sociedade hindu se caracterizava por um rígido sistema de castas, absolutamente fechadas:

Brâmanes - Sacerdotes considerados puros, privilegiados, saídos dos lábios de BramaXátrias ou Guerreiros -Saídos dos braços de Bramaque protegiam todos contra a maldade Vaicias - Lavradores, comerciantes e artesãos, saídos das pernas de Brama
Sudras - Servos e escravos, saídos dos pés de Brama. Os chamados impuros ou párias não pertenciam a nenhuma casta. Eram nascidos de uma união de pessoas de castas diferentes ou de expulsos de suas castas por terem violado as leis religiosas. Não podiam viver nas cidades, ler os livros sagrados e banhar-se nas águas do ganges.
O sistema de casta deteve o desenvolvimento da Índia no correr dos 
 séculos. 

RELIGIÃO

O Bramanismo - É um conjunto de concepções religiosas, sociais e políticas, oriundo do Vedismo, primitiva forma de religião dos hindus. Suas características principais são: crença na reencarnação, sistema de castas, naturalismo e individualismo. Brame, deus supremo, individual, encarnou-se sucessivamente em Brama, deus pessoal, Vixnu e Xiva, formando a trindade indiana chamada trimurti. Brama teve quatro filhos que encarnavam as quatro castas hereditárias. No século III ou II antes de Cristo, o Bramanismo sofreu uma transformação e passou a ser o Bramanismo sectário ou Hinduísmo. Os princípios do Bramanismo foram estabelecidos pelos brâmanes no Código de Manu, imaginário personagem considerado o pai doa árias.
O Budismo - Religião oriunda do Bramanismo, fundada por Buda é mais uma doutrina filosófica do que propriamente uma religião. Representa uma reação contra a antiga religião brâmanica. Sua importância reside não apenas no fato de estar fortemente enraizado na estrutura mental dos povos orientais, e de constituir acima a base da vida moral de uma parte considerável das espécie humana, mas ainda no atrativo resultante do caráter democrático das suas doutrinas, que se dirigem aos homens de todas as condições, sem distinção de raça ou casta, reivindicando para todos igual destino e considerando-os todos irmãos. Assemelham-se ao Cristianismo. Suas características fundamentais são:
  • negas a existência de deuses;
  • condena a divisão da sociedade em castas;
  • prega a resignação, a meditação, o amor ao próximo; o respeito à
lei, a tolerância;
  • condena a ignorância, fonte de todas as desgraças e sofrimentos.
Buda - Filho de um rajá do reino dos saquias, renunciou aos vinte e nove anos, à vida de prazeres, poder e riqueza e tornou-se monge. Ensinou que o fim do homem é o nirvana, estado de verdadeira felicidade na vida aniquilamento após a morte. Para alcança-lo é necessário dominar todas as paixões e desejos. Morreu em 544 a.C. Sua doutrina foi redigida por seus discípulos.
Asoka - Um dos mais notáveis soberanos da Índia que reinou de 274 a 232 a.C. Empenhado em unificar toda Índia sob o seu domínio, converteu-se ao Budismo, renunciou à guerra e tornou-se grande propagador da nova religião. Suas mensagens de amor e paz se expandiram por toda a Índia.
Expansão do Budismo - Perseguido na Índia, com o aparecimento do Hinduísmo, o Budismo propagou-se pelo Tibete, Birmânia, China, Sudeste Asiático e Japão.

ECONOMIA

A agricultura - Era base da economia da Índia. Cultivavam-se arroz, trigo, cevada, algodão, etc.
A criação do gado - Era importante ocupação dos hindus. Seus rebanhos formavam uma de suas principais fontes de riqueza. Criavam vacas, carneiros e porcos.
A indústria - Fabricavam tecidos, porcelanas, objetos de marfim, vasos, estatuetas.
O comércio do Hindus - Era desenvolvido, comerciavam com os povos do Oriente Médio, gregos e romanos. Exportavam tecidos, ornamentos, pérolas e perfumes.

ARTES

A arquitetura - Era bem desenvolvida. Caracterizava-se pela grandiosidade de seus templos, pagodes, palácios que eram magníficos e decorados com profusão de formas e ornamentos fantásticos.
A escultura e a pintura - Inspiravam-se na religião, nas tradições e na vida real. A escultura criava, às vezes, formas monstruosas ou simbólicas.

CIÊNCIAS

Os hindus dedicavam-se à Lingüística, à filosofia, à Matemática e à Astronomia.
A matemática - Os universalmente conhecidos algarismos arábios são de origem hindu. Os hindus conheciam a extração da raiz quadrada e cúbica. Tinham noções das leis fundamentais da trigonometria.
Os conhecimentos matemáticos dos hindus foram divulgados na Europa pelos árabes.

AS LETRAS

A literatura da Índia Antiga é rica e variada. No século I da nossa era, foram redigidos em sânscrito o Mahabharata e o Ramayana, poemas épicos que relatam os feitos dos heróis e compreendem numerosas lendas antigas. O código de manu', que encerra a doutrina do Bramanismo e as normas fundamentais da organização social da Índia, segundo a tradição, foi ditado por Brama.

CONTRIBUIÇÕES

  • Fundamentos de Filosofia;
  • estudos da Matemática e da Astronomia;
  • Literatura;
  • arquitetura;
  • aperfeiçoamento da pecuária.

domingo, 25 de maio de 2014

Governo Vargas - resumo, quem foi Vargas

- Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o do Brasil durante dois mandatos.: 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
- Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
- Vargas assumiu o poder em 1930, após liderar a Revolução de 1930
- Governo marcado pelo nacionalismo e populismo. 
- Fechou o Congresso Nacional no ano de 1937 e instalou o Estado Novo, governando de forma controladora e centralizadora. 
- Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações contra opostas ao seu governo.
- Perseguiu opositores políticos, principalmente, partidários e simpatizantes do socialismo. 

Realizações importantes de seu governo: 

- Criou a Justiça do Trabalho em 1939;
- Criou e implantou vários direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, Consolidação das Leis do Trabalho, semana de trabalho de 48 horas, Carteira profissional e férias remuneradas. 
- Vargas fez fortes investimentos nas áreas de infraestrutura: criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco .
- Em 1938, criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
- Após um golpe militar, Vargas deixou o governo em 1945. 

O Segundo Mandato

- Vargas foi eleito presidente da República em 1950, através das vias democráticas, ou seja, pelo voto popular. 
- Neste segundo mandato continuou com uma política nacionalista. 
- Criou a campanha do "Petróleo é Nosso", para impedir que empresas estrangeiras pudessem explorar o petróleo em terras brasileiras. Esta campanha resultou, posteriormente, na criação da Petrobrás. 

A crise do governo Vargas e o suicídio

- Em 1954, o clima político no Brasil era tenso e conflituoso. Havia fortes críticas por parte da imprensa ao governo de Vargas. Os militares também estavam descontentes com medidas consideradas “de esquerda” tomadas por Vargas. A população também estava muito descontente, pois a situação econômica do país era ruim. 
-Existia, portanto, grande pressão para que ele renunciasse. Porém, em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito.